A Oitava Era – A Áugure

“Rumores da terra. Segmentos ponderosos tingidos de sangue negro. Amor de mãe que mata.”

A terra de Tayğatar sempre albergou grandes mistérios, uma ilha-nação de gentes refractárias que se crêem abençoadas pelas Entidades em tempos idos; uma nação sem deuses, ímpia, que idolatra a Essência como se de uma magocracia se tratasse, mas na qual o uso da Palavra como ferramenta é sumariamente proibido […] À semelhança de Tanarch, é regida, não por um monarca, mas por um conselho, conselho esse que atenta às palavras do único cargo hereditário com verdadeiro poder em Tayğatar: o Áugure. Segundo o que me foi dado a entender e pude apurar, este Áugure – descendente do eleito que terá confraternizado com as Entidades quando estas terão recolhido naquela que viria a ser Tayğatar – “ouve” a Essência, que lhe sussurrará o presente e o porvir, e as suas palavras têm no conselho da ilha o peso de um édito real. No entanto, Áugure algum alguma vez foi visto fora da ilha, nem tão-pouco contactou com dignitários de outras nações, o que em muito dificultaria e mui moroso tornaria o acertar de qualquer tipo de tratado…

Natanigo Palicoldo
Tayğatar e Suas Vicissitudes,
na Premissa de um Possível Tratado com Sandona

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