Leopoldina e a Ordem das Asas

Alguém se lembra das saudosas Aventuras Fantásticas? Alguém acha que a Leopoldina era uma mascote que ficava a dever demasiado a um certo paquiderme? Potestades do reino do retalho e grosso acharam que sim, e Leopoldina e a Ordem das Asas nasceu de uma bizarra junção desses dois factores.

O meu envolvimento neste projecto foi fortuito e inesperado, tanto para mim como para aqueles que estavam minimamente familiarizados com o meu percurso literário. Mais ainda do que o Talismã, ter de fazer da avestruz favorita da criançada uma heroína de acção foi sem dúvida um desafio, e o ter de me basear num projecto de animação que então já estava em curso – e no qual estava já predefinido o aspecto da Leopoldina e o vilão que esta iria enfrentar – em nada facilitou o meu trabalho, oferecendo-me apenas a possibilidade de me isentar de grandes responsabilidades caso o projecto corresse mal.

Felizmente, e contra todas as expectativas ditadas pelo bom senso, fiquei satisfeito com o produto final, e julgo que o objectivo almejado foi em grande parte conseguido, a avaliar pela resposta do público-alvo. Foi tudo uma questão de dar… bem, asas à imaginação, bem como algumas noites em branco a mapear os (felizmente poucos) caminhos que o leitor pode tomar ao longo da história. Senti evidentemente uma distinta falta de espadas enquanto escrevia a aventura, e tive algumas dificuldades em adaptar o registo para menores de 12 anos, mas ao menos tive a possibilidade de usar algo que, por motivos estilísticos, ainda não me fora possível: o efeito sonoro crás!


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