Começa uma nova aventura…

E aqui estamos, quase um ano após a entrada na qual anunciei o fim do Oblívio. Ena. Como o tempo passa…

Tanto tempo sem escrever «a sério» já me estava a deixar irrequieto, confesso. Afinal, a fase de preparação e mentalização que inevitavelmente antecede o início de um novo capítulo – e que se revela particularmente longa quando este se segue a uma saga que levou mais de metade da vida de um autor – pode manter os sucos criativos a fluir, mas não é a mesma coisa. Não requer o mesmo empenho durante o dia-a-dia. Não me permite «viajar» por outros mundos, apenas ler os respectivos guias turísticos. Também me dá prazer, sim, e cria todo um sentimento de antecipação para chegar àquela parte ou apresentar aquela personagem pela primeira vez, é certo…

Mas não, não é a mesma coisa. Por isso, assim que senti que tinha reunido as condições mínimas para me lançar à nova aventura, fi-lo de uma forma para mim surpreendentemente temerária: de cabeça. A ver vamos o que dali sai, agora. E sim, estou a ser intencionalmente vago. Ainda é muito cedo para revelar de que trata este novo projecto, mas queria dar um sinal de vida e, num raro momento bloguista (e todos sabemos que isto não é um blogue) revelar o quão entusiasmado estou com a história que já germina. Trata-se de uma antiga ideia minha, que foi maturando ao longo dos anos, e na qual a minha escolha incidiu após uma deveras simples mas nem por isso menos introspectiva pergunta: «Qual destas ideias é que me dá mais vontade de escrever nesta altura da minha vida»?

E assim uma subpasta a ganhar pó na pasta Projectos foi promovida ao tão almejado directório Documentos. E o resto será história…

P.S. Se me permitem o alarde e uma pitada de hipérbole, 2011 foi um sucesso estrondoso no que diz respeito ao volume de vendas das Crónicas. Muito obrigado a todos os que acompanharam a saga até ao fim e aos que agora começaram.