inDCências

Como muitos de vocês talvez saberão, sou tradutor de dia e escritor de noite… mas acontece que também tenho uma ocupação até aqui semioculta: a de curador de painéis indecentes de velhas histórias de super-heróis.

Nunca fiz segredo da minha paixão pelo Super-Homem e por vários outros heróis da DC Comics. E, há uns anos, tive a ocasião de colaborar numa série de títulos publicados pela Levoir, em que foi meu privilégio partilhar algumas das minhas histórias preferidas com o público nacional, que nunca tivera ocasião de as ler em português de portugal. E, no trabalho que antecedeu a publicação dessas obras, fiz uma pesquisa extensa ao longo de um verão em que li uma quantidade absolutamente desmedida de banda desenhada.

Ora, quando falamos de super-heróis cuja génese teve lugar há mais de 80 anos, uma das coisas mais interessantes da leitura dessas histórias é o caleidoscópio de sensibilidades em evolução. E não resisti a catalogar uma série de detalhes, uns a título de pesquisa, outros com vista a um dia escrever eu as histórias das personagens, mas a maior parte apenas para meu gáudio pessoal.

Acontece que um amigo meu, autor do blogue cultural Acho que Acho, após rir a bom rir com uma série de painéis que com ele partilhei, me fez o desafio de lhe ir enviando um por semana para ele publicar no seu espaço. Assim fiz, naquele que não se queria como nada mais que uma série de rábulas sob a – modéstia à parte – brilhante égide de inDCências.

Mas a vida tem destas coisas, e eu e o meu amigo acabámos convidados pela Imaginauta para uma mesa redonda em Abril, na qual iremos discorrer acerca de disparates, dislates e escaparates narrativos acerca as 8 décadas de histórias da DC Comics, cada qual dizendo de sua justiça. Depois, mais perto da data, logo partilharei mais detalhes.