Allaryia vive… e eu também

Já não há muitas mais analogias coloridas e piadas auto-depreciantes que possam toldar o facto de que sou muito mau a actualizar sítios – mesmo o da minha própria obra…

Posto este acto de contrição, resta-me apenas partilhar as poucas notícias: o sétimo e último volume das Crónicas já tem título, que ainda não vou revelar; e o esqueleto da história vai assumindo forma, à medida que apontamentos antigos vão surgindo e novas ideias despontam de velhas sementes, abraçando-se com força aos troncos da narrativa pré-estabelecida como uma prole bastarda a reclamar direito de paternidade.

Em circunstâncias normais, já teria a estrutura perfeitamente alinhavada e estaria apenas a procrastinar antes de começar a escrever, mas desta vez é diferente.
Desta vez, eu tenho plena consciência de que, uma vez escrito este livro, acabou.
É o último, o último capítulo desta saga que há treze anos faz parte da minha vida. Ainda que venha a pegar novamente em Allaryia no futuro, esta história terá acabado quando eu terminar o livro, e essa é uma realidade que ainda não tenho bem computada. Por essa razão, passei os últimos cinco meses a preparar o futuro, a desenvolver algumas das ideias que tenho para outros projectos e outros mundos. Assim, espero não ficar completamente desasado quando tiver por fim escrito a fatídica palavra: FIM

E é isso. É essa a razão do meu silêncio, e o motivo pelo qual os companheiros ainda estão a olear as armas antes de se lançarem à aventura. E vai ser uma senhora aventura, isso vo-lo garanto…

A ler
Reapers Gale, Steven Erikson

A ouvir
Sturlunga, Voces Thules