O que faria o Faria com o Faria?

Esta vai ser uma entrada algo atípica para os meus padrões, mas não resisti a partilhar algo que descobri por mero acaso neste maravilhoso mundo da Internet:

Faria – Um Mundo de Mistério e Perigo! Um RPG dos primórdios dos anos 90 que tem de tudo, desde uma heroína transsexual, intoxicação alimentar como expediente narrativo, enlaces matrimoniais progressistas e – pasme-se – a alma de um vilão alojada numa espada lendária. Nunca foi publicado na Europa, pelo que não pude usufruir de tão deliciosamente abstrusa trama na fiel consola NES da minha infância, mas o ter descoberto este jogo fez-me perceber que 1) coisas dos anos 90 já me fazem sentir velho, 2) a indústria dos videojogos japoneses não tem mesmo jeito nenhum para títulos e 3) não importa o quão banal um nome soe numa determinada língua, a fonética de uma outra é bem capaz de lhe dar uma toada épica.

Essa última questão faz-me pensar em nomes como «Aewyre», que foram originalmente concebidos com uma sonoridade anglicizada e que, tal como constatei em inúmeras sessões de autógrafos e visitas a escolas, sempre deram origem a fenómenos fonéticos muito interessantes da parte dos leitores. Mas esso já é um assunto demasiado sério para uma entrada tão palerma quanto esta. A revisitar num outro dia, portanto…