O dónute não engana

Mal sabia eu quando me iniciei nos meandros do Blender, mas, ao que parece, existe na comunidade uma piada privada à guisa de rito iniciático, segundo a qual toda a gente começa com dónutes. E isso deve-se ao facto de o tutorial mais popular do programa ser o do autoproclamado Blender Guru, que dá uma excelente visão geral acerca da infinidade de opções do Blender através da criação de um dónute: edição proporcional, simulador de partículas, modificador de arranjo, pintura de UV, exposição à luz, nós de geometria, etc.

É um pouco como estar no assento do piloto de um avião, carregando nos botões que vamos ouvindo através do intercomunicador e rezando para que a coisa funcione, mas a verdade é que funciona mesmo, embora não tenha ficado propriamente orgulhoso do resultado final, até porque não concluí os últimos passos de animação e composição (já estava um pouco saturado do processo e queria seguir para outra):

Quando por fim renderizei o projecto, percebi que tinha todo um mundo para aprender, e que tão cedo não iria começar a esculpir personagens. O que não foi propriamente animador, e cheguei a recear que acabaria por perder o embalo, mas a verdade é que um novato se sente empoderado no final do processo e incentivado a explorar mais as possibilidades do programa. E assim fiz…