O fim de uma era

O título soa mais dramático do que o evento propriamente foi: uma simples questão de escrever as últimas palavras, fitar o ecrã com ar estuporado durante um período de tempo indeterminado e declinar de seguida o olhar para a janela à espera de algo, um relâmpago, um coro de anjos, um corvo ominoso, um padrão críptico na humidade condensada no vidro, qualquer coisa… Mas não, foi mesmo só isso, e, um portátil fechado mais tarde, dei por finalizados uns longos treze anos de trabalho.

Isso aconteceu algumas semanas atrás, durante as quais fiz a primeira revisão antes de entregar o livro, e desde então tenho-me encontrado dividido entre actualizar o blogue conforme prometi a mim mesmo que faria, pensar em qual dos futuros projectos pegar, gozar da liberdade anímica da qual me privei durante mais de uma década, e tecer uma série de desculpas a apresentar a leitores eventualmente irados devido ao possivelmente tardio lançamento do Oblívio. Sim, é verdade: apesar de todas as minhas garantias em feiras do livro e afins, a edição especial deste último volume é um projecto ambicioso, e pode comprometer a data almejada de Dezembro, pela qual evidentemente continuarei a lutar mas que pode não ser exequível. A ver vamos…

Por hoje é tudo. Doravante as novidades e actualizações deverão ser mais regulares, e talvez até aproveite para dar uma há muito merecida ensaboadela a este sítio.