Elfa

Nesta altura do campeonato, já me sentia capaz e munido de suficiente conhecimento para tentar algo mais elaborado: modelar uma personagem dos pés à cabeça, esculpi-la e dar-lhe uma «armação» (basicamente, um esqueleto para poder metê-la em poses). Imaginei uma eahanna rúbida, mas recusei-me a dar-lhe esse nome, porque o que acabou por sair não teria lugar em Allaryia.

Embora o resultado tenha sido algo com pés e cabeça, escusado será dizer que a minha ambição em muito excedeu as minhas capacidades de então. O rosto ficou embaraçoso, e preferi disfarçá-lo com a pose; os olhos continuaram a revelar-se um problema; as texturas não têm nada de vibrante; e partes da malha sobrepõem-se umas às outras (como as mangas e os braços). Não o imaginava na altura, mas manipular as várias peças de uma personagem já esculpida dá uma trabalheira danada quando não percebemos o que se está a passar por trás, e por que motivo a extremidade da tanga da elfa se mexia sempre que eu ajustava o braço direito dela.

Tantas dores de cabeça me deu que, a alturas tantas, desisti só de refinar mais a personagem e dei o trabalho por concluído. Foi um pouco frustrante, mas foi também um dos mais importantes processos de aprendizagem nesta minha odisseia pelo Blender, porque é apenas quando nos pomos verdadeiramente à prova e saímos da nossa zona de conforto que realmente conseguimos progredir.